MULHERES: A LUTA POR IGUALDADE
- Eng. Renan Ferreira Pinto

- 8 de mar. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de mar. de 2020
O Dia Internacional da Mulher representa uma série de acontecimentos históricos ao longo de décadas, mas um acontecimento ocorrido em 1911 foi o responsável pelo surgimento da data comemorativa. Toda a luta por igualdade ainda se mostra ineficiente frente a uma sociedade culturalmente machista, as mulheres continuam sendo discriminadas no mercado de trabalho. Na engenharia não seria diferente, uma área com predominância de colaboradores homens.

Em 1945, Enedina Alves Marques entrou para história ao tornar-se a primeira engenheira negra do Brasil, sendo pioneira na área. O presente artigo busca fazer um resumo sobre o contexto histórico da luta das mulheres em busca do seu espaço e a sua inserção no mercado de trabalho em profissões dominadas por homens, principalmente a engenharia.
CONTEXTO HISTÓRICO
Por séculos atribua-se ao homem a responsabilidade de prover o sustento da família enquanto a mulher não poderia e nem deveria adquirir essa função, e tão pouco, compartilhá-la.
Mulheres viúvas e/ou de classe baixa necessitavam assumir o sustento do lar, elas exerciam atividades na fabricação de doces por encomendas, arranjos de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano, entre outras. Todavia, essas atividades ainda não eram valorizadas, além de serem mal vistas pela sociedade da época. Cada vez mais conseguiam extrapolar os limites impostos e conquistar espaços mais relevante no mercado de trabalho, fato que ficou mais evidente a partir da década de 60.
Era o passo inicial de uma luta que perdura aos dias de hoje, visto que, o movimento operário em suas reivindicações não priorizava que homens e mulheres recebessem, pelas mesmas tarefas, salários iguais.
SOBRE O 08 DE MARÇO
A luta das mulheres mediante greves, manifestações e outros atos de reivindicações findou no que hoje conhecemos como O Dia Internacional da Mulher. O século XX foi marcado por protestos que fizeram da data de 08 de março um marco para refletir sobre uma série de atos misóginos ao longo da história.
Em 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company, cidade de Nova York, um incêndio criminoso vitimou 125 mulheres que protestavam por melhores condições de trabalho. Em homenagem a essas saudosas guerreiras, instituiu-se a data que celebramos no dia de hoje.
ELAS E A ENGENHARIA

Com mais de 150 anos de existência o Dia Internacional da Mulher comemora todos os feitos alcançados pelas mulheres, bem como, os que elas ainda buscam alcançar quebrando estereótipos e conquistando o seu devido espaço.
A inserção feminina nos cursos de graduação foi mais um desafio, de maneira discriminatória mensurava a capacidade de cada pessoa através de seu gênero, subdividindo as profissões em masculinas e femininas.
Segundo (ROSAS, 2020) esse cenário vem transformando-se constantemente. Defende ainda que algumas pesquisas realizadas comprovam que a procura de mulheres pela graduação em Engenharia Civil tem aumentado devido a redução da discriminação de gênero nas universidades.
Essa é uma batalha que começou com Enedina Alves Marques, em 1945, quando se tornou a primeira mulher negra a se graduar em engenharia civil no Brasil. Ela cursou engenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná, onde se formou. Trabalhou como auxiliar de engenharia em obras relevantes do Estado, além de atuar na construção da Usina Capivari - Cachoeira, na época considerada sua maior obra como Engenheira Civil.
Os desafios não pararam na graduação, com o objetivo de impor respeito aos seus colegas de trabalho, Enedina tinha o costume de atirar para o alto quando necessário, pois além de ser mulher, era negra e atuava em um ambiente dominado por homens. Ela era vista como uma mulher cheia de energia, rigorosa e com pulso firme.
A engenharia foi tida como uma profissão de interesse masculino, e isso reflete até os dias atuais verificando-se que o número de mulheres engenheiras ainda é baixo. Segundo dados atuais do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), as mulheres representam menos de 14% dos profissionais registrados em todas as modalidades no sistema Confea/Crea (MULHERES...,2020).
A Trivo Engenharia e Consultoria não atribui qualquer juízo de valor aos seus colaboradores baseando-se em questões de gênero, acreditamos que a capacidade de cada um independe de sua sexualidade. Lugar de mulher é onde ela quiser. Feliz Dia Internacional da Mulher a todas que se identificam como uma!!!





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